terça-feira, outubro 11, 2011

É tudo o que tenho para vos dizer...

... que, depois de andar a pensar muito no número 7 (talvez devesse jogar em alguma coisa, embora não seja muito dada a essas coisas) se há imagem que melhor se aplica a um bicho social como eu, por mais paradoxal que isso possa parecer, é o eremita. 

A clausura como espaço de liberdade para ser um pouco melhor; e saio dela um pouco mais iluminada, porque a leitura e o jogging mental (rói-te de inveja oh Descartes) hão-de ser watts de energia renovável que podem tornar, pelo menos ao meu redor, a lucidez inquilina mais óbvia no trilho dos dias. 

Eis que me recolho, então, porque eremita sou e, amanhã, como hoje, é dia de acordar com a cidade, com ela, quando ainda a luz não se espreguiçou na janela, para vê-la sem máscaras e a bocejar, para simplesmente escrever... Ou talvez tudo isto seja efeito de um entusiasmo passageiro, de uma conjugação qualquer intergaláctica, planetária ou astral e, quem sabe, o eremita não chegue a lado nenhum. Até aqui, as páginas continuam a ser folheadas e, pelo menos, há menos branco nos espaços entre as linhas. 


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